quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Insônia da mente

Esta minha mente não me deixa dormir… não me deixa descansar… não me permite o tão desejado e merecido sossego de mais um dia de existência...

Esta minha mente atraiçoa-me em cada palavra que desenvolve, em cada imagem que traça, em cada som que ecoa, em cada gesto e toque que recorda…

E é esta mente que, ao mesmo tempo que me sustém, me faz delirar e divagar por caminhos a não percorrer, por visões a não ter, por ideais a não desejar…

Esta mente, que não é brilhante, leva-me ao encontro do inanimado, do desconcertante, do surreal, do banal …

Respostas é o que procura esta mente irrequieta! Respostas a todas as perguntas que nela surgem a uma velocidade estonteante e que me provocam uma indisposição tal que tenho que fugazmente saltar da minha cama e correr para o reservatório mais próximo, de forma a desabafar e a libertar-me de todos estes vermes que me invadem o espírito e o corpo… o mesmo espírito e o mesmo corpo cansados e castigados por ocas e negras entregas fantasiadas de cor-de-rosa e de purpurinas, num Carnaval que não dura só três dias e para onde adquiri um bilhete na bancada central!

E esta mente, que não é brilhante, parece passar em mais um teste de realidade… Desgastada, acaba por render-se a mais dezesseis horas rotineiras e agora já implora à massa que relaxe, que se renda e que se prepare para a etapa seguinte, que em menos de oito horas terá início sem quês nem porquês!

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