segunda-feira, 31 de março de 2008

O Cárcere da Liberdade

De alguma forma
Todo aquele se julga livre é prisioneiro.
De alguma forma, de algum rito, de algum estilo.
Só não se acha prisioneiro, aquele que não vê
Que na brecha da pseudo liberdade existe o aprisionamento.
Se sente a dor...de ser escravo de si mesmo
De seus conceitos, de suas idolatrias, idéias, paradigmas...
Na dor de ser escravo de sua própria consciência, o ser se consome...
Se lhe dilacera a alma, corroem-se seu âmago, lhe sobra tão pouco para prosseguir.
Todo aquele que se julga livre, não se deve sentir solto,
Pois ninguém vive solto, para se fazer completo, é preciso interagir.
Todo aquele que se julga livre, não se deve sentir libertino,
Pois a libertinagem é irresponsável e escrava do ócio e do fracasso.
Todo aquele que se julga livre, não se deve sentir renascido,
Pois não se pode nascer de novo, mas construir um novo começo, transformando o vaso velho num vaso novo.

A cura para a dor de ser escravo de si mesmo, passa pelo perdão.
Ação banalizada no dia-a-dia da vida
Mas prática cada vez mais distante,
por ser tão difícil e ser exercida
pois muita gente acha que novos dias virão
E ai se perguntam: para que perdoar, se a vingança é divina?
O que elas não sabem é que o futuro está em nossa mão.
Fazem o bem ou fazer o mal:eis a questão!
Quem ganha com isso, na lei do perdão?

O que posso dizer e assinar
É que é possível sim, perdoar.
Mas não com palavras apenas
Mas com o coração e com a mente.
Pois quando se perdoa, se liberta o prisioneiro
Deixa-o livre da mágoa e do rancor
Mesmo, que por instantes isso tudo não se veja claramente.
Mas depois de perdoar, a maior graça que se pode alcançar
É a de descobrir que o grande prisioneiro, na verdade, era VOCÊ!
Autoria: Marcia. C.R.G. Ferreira

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